A edição de hoje
O futuro Hospital das Forças Armadas vai ficar no Lumiar, Lisboa, no mesmo local onde funciona actualmente o Hospital da Força Aérea. A decisão foi ontem anunciada no Parlamento pelo ministro da Defesa e a concentração deverá começar já em 2012. O processo, que opunha o Exército aos outros dois ramos das Forças Armadas devido ao modelo e dimensão da unidade de saúde, arrastava-se desde 2009.
O futuro Hospital das Forças Armadas deverá centralizar todas as valências da saúde militar. O CM sabe que a equipa médica será decidida pelo Conselho Superior de Saúde Militar, que tomará posse brevemente.
A tentativa do Governo anterior de integração da assistência médica militar no Sistema Nacional de Saúde foi um "processo atabalhoado, que levou a que se perdessem para sempre informações essenciais nos ficheiros clínicos de alguns militares", explica ao CM Lima Coelho, presidente da Associação Nacional de Sargentos, satisfeito por se ter chegado a uma decisão. Também o presidente da Associação de Oficiais, Pereira Cracel, defende que o importante "é que seja garantido aos militares a prestação de cuidados que sempre tiveram".
Aguiar-Branco revelou ainda na Comissão de Defesa que a compra de dez helicópteros NH-90 para o Exército – um projecto com custos totais de 600 milhões de euros – será renegociada apesar de haver "contratos assinados e obrigações a cumprir". Também o projecto de compra dos jactos brasileiros KC-390 está a ser reavaliado pois "ultrapassa a mera lógica de Defesa Nacional porque tem a ver com a implementação e potenciação de um ‘cluster’ aeronáutico em Portugal". Apesar de o negócio estar a ser liderado pelo ministro da Economia, Aguiar Branco adiantou que é "previsível a participação portuguesa na construção" daqueles aviões.
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