A frota automóvel da Polícia Judiciária vai ser renovada ainda este ano. O director nacional, Alípio Ribeiro, revelou ao CM que espera poder aplicar “dois milhões de euros na aquisição de veículos”.
Alípio Ribeiro fala na aquisição de “largas centenas” de carros novos. Mas, na verdade, admite que não sabe quantos veículos pode adquirir com dois milhões de euros, pois depende dos preços. “Isso deve dar 150/200 veículos, depende do tipo de aquisição que fizermos”, explicou.
O CM fez as contas e concluiu que com dois milhões de euros a PJ poderá comprar 120 automóveis Hyundai Accent 1.4, com o valor de mercado de 16 660 euros. Se a PJ desejar, como é natural, um automóvel com mais potência e qualidade, por exemplo um Opel Vectra 1.6, com o valor actual no mercado de 28 580 euros, então só pode comprar 70 veículos. Caso opte pela marca BMW, o mais barato é o modelo 166i (29 400 euros). Nesse caso não poderá ir além dos 68 automóveis.
É claro que tudo depende do processo de negociação. Mas Alípio Ribeiro já está habituado a negociações e a regatear preços. E deu um exemplo: “Só quero dizer que nestes meses temos viajado mais e pago menos, porque regateamos preços. A PJ não compra à primeira.” Seja como for, considera que dois milhões de euros para aquisição de automóveis “é muito bom”.
Note-se que a PJ está a passar por um processo de reestruturação, reorganização e racionalização na distribuição de recursos. O processo prevê também o incremento da modernização dos meios técnicos e tecnológicos.
“Estamos muito empenhados na modernização dos meios da PJ, tanto ao nível da aquisição de material de laboratório como ao nível das telecomunicações”, garante Alípio Ribeiro, acrescentando: “E há uma ideia que está no horizonte: um polícia tem de ter uma arma, tem de ter um telemóvel e também um computador portátil. Quero ver se é possível dotar cada investigador com um portátil dentro de um ano.” No ano passado o número de elementos de investigação criminal totalizou 1378.
Para o director nacional da PJ, o computador portátil “dá outra mobilidade e outra consonância de trabalho”. E existe verba para isso? Alípio Ribeiro responde: “Vamos fazer o possível. Há meios para isso, poupando noutros lados. A PJ não está neste momento tão despojada de capacidade financeira que não possa, digamos, programar isso no prazo de um ano.”
A PJ tem para este ano um orçamento de 101 milhões de euros, o que, no entender do seu director nacional, “dá para alguma coisa”.
Em termos financeiros Alípio Ribeiro não está muito preocupado: “Temos um financiamento e uma capacidade que nos vai permitir trabalhar com alguma folga até ao fim do ano e, sobretudo, vai-nos dar capacidade de resposta às exigências da presidência portuguesa da União Europeia”.
MOEDA FALSA SAI DA DCICCEF
O director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, revelou ao CM que os processos sobre moeda falsa vão sair da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF). E isto devido a uma carga processual burocrática “muito significativa e completamente amorfa”. A DCICCEF vai dedicar-se apenas aos casos de corrupção.
- 2575 é o número total de efectivos no ano passado. Só em investigação criminal a PJ tinha 1378 efectivos, menos 73 do que em 2005. Para este ano prevê-se a entrada de mais 150 inspectores.
- 97,8 milhões de euros foi o orçamento suportado em 2006. Relativamente à actividade, foi com pessoal que ficou a maior fatia, cerca de 84,6 milhões de euros.
INSTITUIÇÃO: A PJ é uma instituição fundamental do Estado português que assegura os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
COMPETÊNCIAS: Intervir em relação a crimes cuja complexidade ou gravidade exigem uma investigação com conhecimentos específicos e meios técnico--científicos.
ESTRUTURA: A implantação territorial da PJ compreende, para além da Directoria Nacional, quatro Directorias (Lisboa, Porto, Coimbra e Faro) e oito departamentos de investigação espalhados pelo País.
O EQUIPAMENTO DO INVESTIGADOR
O processo de reestrutura-ção da PJ passa por dotar o pessoal de investigação com mais meios tecnológicos. Uma arma, um telemóvel e um computador portátil são, no entender do director nacional, ferramentas imprescindíveis.
COMPUTADOR
Um portátil por cada investigador. Este é mais um investimento da PJ que deve rondar os mil euros por cada computador.
ARMA
É atribuída a cada investigador da PJ uma arma de 9mm de calibre. As três marcas mais usuais são a Glock, a Walter e a HK.
TELEMÓVEL
Cerca de cem euros é o preço médio de um telemóvel, por exemplo Nokia, que já possui um bom desempenho.
PERFIL
A maioria dos investigadores da PJ é do sexo masculino e está na faixa etária compreendida entre os 35 e os 40 anos. Mas nos últimos anos têm entrado mais mulheres para o cargo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.