O silêncio das armas na Faixa de Gaza e o início da libertação dos reféns na posse do Hamas, depois do infame ataque dos radicais palestinianos contra Israel, é uma boa notícia e não apenas para os israelitas. A questão é saber até quando vai durar a pausa dos canhões, porque a trégua que agora se inicia está ainda muito distante da paz que muitos pretendem.
A chegada a casa de Doron, Emily e Romi, as três primeiras jovens mulheres a deixar as masmorras do Hamas, é um sinal de esperança num cessar-fogo frágil. Tal como o é o regresso dos palestinianos ao que resta das suas casas transformadas num imenso campo de escombros num enclave onde não há comida, água ou cuidados básicos de saúde depois de 15 meses de bombardeamentos israelitas. E muitas mortes.
Ninguém sabe ao certo se chegaremos à última das três fases da trégua acordada entre palestinianos em israelitas. Mas as declarações feitas ontem por Benjamin Netanyahu deixam antever que o fim da guerra é uma miragem. Até porque o setor radical da coligação que sustenta o primeiro-ministro votou contra o acordo de cessar-fogo sem fazer cair o Governo. E, assim, Donald Trump pode exibir em Washington esta ténue paz como sendo, também, sua. Se não mesmo alcançada cirurgicamente a tempo da sua tomada de posse.
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