A intervenção televisiva mais recente de Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que as eleições antecipadas não vão prejudicar a economia nem a execução do PRR. Trata-se de uma palavra de tranquilidade relevante para os portugueses e que baixa a pressão política de forma relevante e, sobretudo, sustentada.
Efetivamente, o tom emocional que tem rodeado o debate político não ajuda à clareza das escolhas eleitorais. Os políticos atingiram o máximo de conflitualidade verbal no debate parlamentar da moção de confiança. Pareciam crianças zangadas umas com as outras, num palco onde, subitamente, pareceram desaparecer todas as pontes que costumavam unir as margens.
Pela amostra da maratona na Assembleia da República, faz hoje uma semana, seríamos levados a concluir que a política se tinha transformado num reality show, e o parlamento um gigantesco ‘Big Brother’.
Ora, a falta de pontes de entendimento dramatiza as escolhas eleitorais. As primeiras sondagens, que mostram um cenário de potencial ingovernabilidade, poderiam levar o eleitorado a decidir sob pressão. Ao recordar-nos a todos que a economia não precisa de Governo para funcionar, o Presidente da República deu um bom contributo para serenar os ânimos e dar tempo para que possamos fazer escolhas ponderadas.
O perigo é potenciar ao máximo a abstenção.
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Por Carlos Rodrigues
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