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HOSPITAIS SÃO OS LOCAIS ONDE MAIS SE ESPERA

Paulo Costa, director-Geral da Newvision, explica que o sistema de gestão de filas de espera permite tranquilizar o cliente e reduzir os atrasos no atendimento.

25 de julho de 2004 às 00:00

Correio da Manhã – A Newvision tem, entre outros produtos, máquinas para gestão de filas de espera [um sistema que fornece uma senha com uma hora prevista de atendimento]. Como é que se lembraram disso?

Paulo Costa – A nossa preocupação foi criar condições para que os clientes pudessem esperar de forma tranquila, sem estarem num local onde toda a gente estivesse de pé a discutir por um lugar na fila. Por isso, quisemos arranjar um produto que ajudasse o atendimento ao balcão. O grande objectivo é criar condições de conforto e de respeito.

– Os clientes sabem quanto tempo têm de esperar para ser atentidos e podem geri-lo como quiserem. Qual é a vantagem para as empresas?

– Para além do conforto ao cliente, o sistema pode ser usado, por exemplo, para dar informações úteis, como os documentos necessários para o BI (no mesma senha), ou incluir publicidade. Ou seja, rentabiliza-se tranquilamente o tempo de espera.

– É fácil convencer as empresas a instalarem este equipamento?

– No início, não foi. As empresas pensavam ‘os meus clientes precisam de mim, portanto só têm é de esperar’. A atenção não estava centralizada nas pessoas, mas nas instituições. Depois, começaram a compreender que era muito importante proporcionar conforto no atendimento.

– Costumam aparecer primeiro como clientes?

– Sim, primeiro ‘vestimo-nos’ de consumidores e vamos ver o que faz falta. Depois, colocamo-nos no papel da instituição, e tentamos sempre resolver os problemas como se fossemos os gestores.

– Qual foi o sector mais caótico que encontraram?

– O da Saúde, nos hospitais. É onde mais se espera. São muitas pessoas, e ainda por cima a maior parte tem um nível etário elevado.

– O tempo de espera pode ser reduzido?

– Sim. Este software permite perceber quais os serviços mais requisitados e qual é o ritmo a que as pessoas entram na instituição. Consegue-se reduzir, e muito, o tempo de espera.

– Há listas de espera em muitos países. Já estão a geri-las nalgum país estrangeiro?

– Temos projectos em Cabo Verde, Moçambique e Angola. Temos sistemas experimentais na Grécia e no Dubai e vários outros pilotos em países europeus.

Com 41 anos de idade, Paulo Costa é licenciado em Engenharia electrónica. Esteve no Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e no Instituto Nacional de Engenharia de Sistemas e Computadores. Esteve sempre ligado à investigação e desenvolvimento.

A Newvision, criada em 2000 e com uma equipa de 30 pessoas, desenvolve produtos de hardware e software de atendimento. Mas os portugueses o que conhecem melhor são as máquinas de venda de selos, nas ruas e nos estabelecimentos, e nas que gerem as filas de espera em empresas como a EDP, câmaras municipais, Vodafone, Caixa Geral de Depósitos, etc. Trata-se de uma empresa de engenharia totalmente portuguesa que desenvolve os produtos desde o design, à mecânica, passando pela electrónica e robótica até ao software. Tem um Laboratório de Manutenção que complementa a estratégia de desenvolvimento, reforçando o apoio à formação, à instalação e à manutenção das soluções.

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