Hippies, punks, yuppies, cibernautas. Todos eles marcaram ou ainda marcam de formas diferentes a história recente deste ‘rectângulo à beira-mar plantado’. Alimentaram-se de ilusões. Hoje têm os pés assentes na realidade.
Os ventos de mudança sopravam furiosos em plena década de 60. Na solarenga cidade de São Francisco, Califórnia, um grupo de jovens idealistas passava boa parte do tempo em protestos que tocavam na mais profunda ferida da nação americana – a Guerra do Vietname não fazia sentido, havia que trazer os ‘filhos’ de volta à pátria amada.
Em França, a rebelião também fazia parte do quotidiano. Nasceu nas universidades, espalhou-se pelas ruas, primeiro de Paris, depois do resto do Hezágono. Eram milhares e milhares de estudantes descontentes com a estrutura académica conservadora, eram milhares e milhares de trabalhadores descontentes com a estrutura social e política. Uns e outros organizavam pequenos e grandes motins.
A quase dois mil quilómetros da capital gaulesa, Ana Zanatti vivia amarrada a uma tradição familiar que lhe impossibilitava idênticos devaneios. Mesmo assim acompanhou tudo à distância. “Devia ter uns 17 ou 18 anos quando comecei a interessar-me pelo movimento hippie, do qual fui tomando contacto através do que lia em revistas estrangeiras que os meus pais assinavam, e de outro tipo de literatura.”
SOB O JUGO DA DITADURA
Sob o jugo da ditadura salazarista, os protestos seriam menos efusivos, com dificuldade em passar a mensagem antiguerra, apoiar a contracultura. Ana apanhou o Maio de 68 na Faculdade de Letras, onde viu amigos serem presos. Ela hesitava quanto à barricada onde deveria resguardar-se: “Por um lado sentia um forte apelo para aderir a todos esses movimentos; por outro, estava a braços com alguns problemas existenciais e em crise aberta com os meus pais, por ter começado a dizer que queria mudar de curso, abandonar a faculdade e ir estudar teatro.”
No seio dos Zanatti, a atitude desestabilizadora da miúda não caíu bem. O pai resmungou vezes sem conta. “Ser actriz não era futuro para ninguém”, dizia ele. Quanto à mãe, com espírito jovem, tornou-se cúmplice da filha, hippie de mentalidade mas não de acção: jamais queimou soutiens ou andou de sandálias nos pés e flores no cabelo, qual Janis Joplin lusitana, embora as calças ‘à boca-de-sino’ tenham passado pelo guarda-roupa. “Partilhei mais o sentimento hippie do que os seus sinais exteriores. Vivia num meio conservador onde todas essas coisas eram consideradas um espalhafato”, confessa a actriz, que continua a acreditar em algumas ilusões: “Que seria de mim se não fossem as utopias? Que seria de todos os que ainda sonham como eu? Fazem favor de nos deixar sonhar?!”
A geração de Ana Zanatti acreditava num mundo feliz. A seguinte passou a odiá-lo. Nascido da música, o movimento punk da década de 70 berrava com pulmões abertos os males de uma sociedade amorfa, tradicional e mesquinha, clamando por anarquia. Zé Pedro conheceu o estilo em 1975, altura em que se entretinha a fazer crítica musical no ‘Diário de Lisboa’. Uma notícia curtinha sobre os Ramones despertou-lhe a curiosidade sobre o som que estava a revolucionar Nova Iorque. Nem pensou duas vezes e mandou vir o álbum. As guitarras a abrir, as canções de três minutos, entraram-lhe pelo sangue qual injecção de adrenalina.
O gosto, contudo, não basta para fazer o músico. O pai tinha uma guitarra em casa, mas de cada vez que Zé Pedro tentava sacar algo do instrumento o resultado revelava-se desastroso. Só em 1978, quando pegou na mochila e entrou no comboio para o InterRail, é que descobriu o admirável mundo novo. Num festival no Sul de França viu os Clash, os Damned, os Stranglers, tudo por atacado, tudo regado com muita cerveja. Nunca mais foi o mesmo. “Quando voltei para Lisboa já trazia o bichinho da música. Um aspecto interessante no rock’n’roll é vermos uma banda e pensarmos que podemos vir a ser grandes como ela.”
Zé pôs mãos à obra e iniciou a ruptura com a música dos ‘verdes anos’, vendeu a colecção de discos antigos para comprar só punk e new wave. Não estava sozinho. O grupo que aderiu à sonoridade e aos comportamentos contracultura tinha 15 a 20 elementos. Eram poucos mas bons, a contrastarem com a dimensão e o visual mais certinho de quem vivera a ditadura a acreditar que Jim Morrison encarnava no Rei Lagarto. “Éramos um clanzinho que se opunha ao lado betinho da generalidade das pessoas, em choque ao verem um tipo com alfinete na boca e a cara pintada. E estávamos sempre prontos para a porrada, inclusive uns com os outros. Mais para escandalizar, porque entre nós não havia zangas.”
Escandalizaram mesmo. Entre os olhares de soslaio e o medo estampado na cara dos transeuntes atónitos, os punks portugueses chegaram a ser expulsos ou barrados de um ou outro bar devido àquele aspecto de quem não toma banho desde que o Benfica ganhou a sua última Taça dos Campeões Europeus. Coisa pouca num País de brandos costumes habituado a lidar com indiferença a algo que lhe parece estranho: “Entrava num autocarro e as pessoas nem sequer olhavam, deixavam-me passar e só depois é que tentavam ver-me pelo canto do olho. Não se metiam, por medo da reacção que pudessemos ter, o que nos dava uma certa importância.”
Aos 48 anos, Zé Pedro é uma estrela do rock. Muitos dos que se assustavam com o puto armado em rebelde idolatram-no. Ele não abdica das origens. Mantém o ar de rufia, muito por culpa do sucesso de longa data dos Xutos, onde aprendeu a dedilhar a guitarra. Acredita piamente que o espírito da década de 70 continua vivo, pelo menos dentro dele. “Aquilo que vivi no punk, numa altura tão sagrada como foi a adolescência, não dá para ser deixado para trás. Nunca me vou desligar.”
DUAS DÉCADAS DEPOIS
Duas décadas depois de viver excessos em barda, Jorge Richiardi guarda boas memórias dos tempos em que Lisboa acordava para a liberdade e ele, rico, bem parecido, passava por um turbilhão de emoções de cortar o fôlego.
Corretor da Bolsa de Valores de Lisboa nos dourados anos 80, pertenceu à denominada ‘Geração Yuppie’, composta por jovens em ascensão meteórica na carreira, a quem o dinheiro servia para vários fetiches, dos carros topo de gama às festas do ‘jet set’.
O termo, redução da expressão inglesa ‘Young Urban Professional’ – ‘Jovem Profissional Urbano’ –, assentava-lhe que nem uma luva. Trabalhava no típico horário das nove às cinco, dormia das sete à meia-noite e acordava de madrugada, fresquinho que nem uma alface, preparado para noites longas, arrastadas até o sol raiar. O suficiente para chegar a casa, tomar um banho e voltar à empresa onde brincava com muitos milhões de contos – o euro nem sequer era uma miragem.“Levava uma vida bem paga, talvez até demais, e gostava do que fazia. Além disso estava na empresa do meu pai e do meu tio, numa altura em que apenas mais três ou quatro tinham autorização para fazer transacções. Hoje isso até se faz numa internet”, afiança antes de se recostar num confortável cadeirão do bar do Hotel Albatroz, em Cascais, paredes-meias com a casa de família com vista para a baía, onde continua a habitar nos meses de calor.
Jorge Richiardi desejava apenas divertir-se. Vestia fato e gravata de dia, camisa e botas pretas à noite. Ao invés de muitos colegas, que enriqueceram a mexer em fortunas alheias, optou por viver a 200 à hora. “Nunca fui yuppie de me deitar cedo e pensar em ganhar rios de dinheiro, tipo Wall Street, porque gastava o que recebia. Também não tive um Porsche descapotável, um veleiro ou casas imponentes. Tudo isso jamais me fascinou. Mas vivi muito, saí muito, viajei muito.”
Com os bolsos cheios, traçava um itinerário certo, cumprido diariamente com a precisão de um relógio suíço. Parava no ‘Bananas’, onde aconchegava o estômago e bebia o primeiro de muitos whiskies, passando depois pelo ‘Stones’, eleito para trocar dois pés de dança com namoradas de circunstância. Lisboa respirava tranquilidade, sida era palavra excluída do vocabulário. Jorge conhecia a noite de trás para a frente, fazia parte da mobília dos espaços nocturnos. “Eram 200 a 300 pessoas que saíam todos os dias, um clube. Entrava numa casa e conhecia pelo menos metade.”
Exige-se a pergunta: Qual o segredo para aguentar ritmo tão frenético? “Havia várias componentes químicas que davam para fazer tudo, mas que também saíam muito caro. Física e monetariamente era arrasador”, afirma antes de confidenciar que viu metade da rapaziada da sua geração morrer agarrada ao ‘cavalo’, ou a estacionar carros a troco de míseros tostões.
Hoje, conta 46 primaveras, está casado, tem duas filhas pequeninas. Os tempos de ‘bon vivant’ são passado, pelo goto apenas lhe escorrega água e só sai para uma festa pontual, ou uma jantarada. “Às vezes penso nas loucuras que fiz, nas inconsciências, mas voltava atrás. Fazia tudo novamente, e a dobrar”, dispara antes de uma gargalhada. A noite já não lhe diz nada.
Os yuppies tinham acabado o seu reinado quando a geração seguinte apareceu sem bater à porta ou pedir licença. Perdida, vazia de ideais, igualmente individualista mas menos materialista, contraditória, ficou marcada pelo rumo incerto.
Edson Athaíde, o homem que pôs Guterres a caminhar triunfal ao som de Vangelis e empurrou Bárbara Guimarães para a campanha autárquica de Carrilho, com o filho no colo, era por essa altura um jovem à procura do seu espaço na publicidade, meio que se tornava apetecível graças a salários principescos e sucesso instantâneo. “Curiosamente, ela é um íman para quem não sabe o que fazer na vida. Talvez por isso seja paradigmática da Geração X, cheia de gente perdida, sem saber muito bem onde cair.”
O fenómeno surgiu em Portugal no início da década de 90, com cinco anos de atraso face aos Estados Unidos. O publicitário brasileiro que Portugal adoptou identifica-se com os traços principais desse movimento pré-telemóvel, pré-explosão da internet, pouco dado ao encobrimento das emoções. “Havia um traço de desespero envolto num baixar dos braços colectivo. Era como se alguém anunciasse o fim do mundo amanhã e toda a gente dissesse: tanto faz, desde que eu não esteja no supermercado.”
Ao contrário da geração hippie, onde Ana Zanatti se encaixava, ninguém acreditava que iria salvar o mundo, poucos tinham a fúria do punk e muito menos a disposição para conquistar milhões como os yuppies. A festa acabara sem fogo-de-artifício. “Estive dentro desse buraco. O importante era tentar levar a vida para a frente, sem grandes preocupações ou crises existenciais”, diz Edson, que entrou para a publicidade por uma questão de sobrevivência: precisava de ganhar dinheiro na altura em que Kurt Cobain liderava o grunge e Seattle parecia o centro do universo.
O SOBRINHO DO TIO OLAVO
O sobrinho do tio Olavo ainda os ouviu, embora sublinhe que a sua música era outra: “Os ‘X’ mais velhos preferiam bandas que faziam reciclagem, uma mescla de tudo o que tinha ficado para trás. Paradigmático do que acontecia em quase tudo: à falta de ideias, transformava-se o que já existia.”
Enquanto edson athaíde se regozijava a criar campanhas publicitárias capazes de vender de tudo um pouco, do detergente ao político emergente, Helena Coelho dava os primeiros passos no novo mundo das tecnologias da informação, em especial pelo meio hoje tão popular graças aos milhares de endereços electrónicos dedicados a conteúdos pornográficos: a internet. O seu interesse pela rede surgiu quando ainda passava horas entretida com os livros do 7.º e do 8.º ano, precisamente na sala de computadores da escola. Um luxo.
A modelo, famosa após ter cavalgado uma banana gigante, literalmente, na campanha de promoção de uma revista masculina, ficou tão viciada nela – na internet – que actualmente a visita quase todos os dias. Mas nunca passou madrugadas em claro agarrada aos sites. “Só desrespeito as minhas horas de sono quando tenho de trabalhar, por isso tal nunca me aconteceu.”
Helena não se sente uma ‘freak’ do ciberespaço, acrescentando que este é, sobretudo, um meio informativo onde procura notícias sobre moda e troca correspondência com a agência para a qual trabalha. Fora isso, diverte-se a tagarelar com os amigos e, às vezes, a tentar caçar o que escrevem sobre si: “Já dei por mim a procurar o que dizem, vi fotos de alguns trabalhos, notícias. Não fiquei chocada ou aborrecida, e em determinadas situações até achei alguma piada”, reconhece.
Só a filha Mariana, de quatro anos, ainda não tem direito a dar uma vista de olhos pelo online, porque “é muito pequenina. Já tem um computador com jogos didácticos, mas a Net é só para adultos, em especial porque as salas de conversa tendem a ser perigosas.” É que se a primeira fornada da ‘Geração @’ até se controla bem, o mesmo não acontece com os mais novos, cada vez menos ligados ao mundo real: “Ainda sou do tempo em que brincava nas traseiras da minha casa com outras crianças, o que não acontece hoje, em que os miúdos estão agarrados às Playstation, à Net e à televisão horas a fio. Temo que esses se tornem individualistas e, aí sim, totalmente viciados num universo artificial”, dispara preocupada. Como será a próxima geração?
"EU FUI... PUNK" (JOSÉ PEDRO, 48 ANOS, MÚSICO)
Aparecimento: meados da década de 70.
Características: fúria colectiva contra a sociedade em geral e os políticos em particular, desejo absoluto de anarquia, incapacidade total de cumprir qualquer protocolo.
Drogas: as anfetaminas, tomadas quase sempre com doses industriais de bebidas alcoólicas baratas, em especial a cerveja.
Hábitos: fazer gestos obscenos, vomitar em palco ou na esquina mais próxima, desenhar o símbolo da anarquia na parede, usar cintos e pulseiras de bicos, fazer uma crista no cabelo.
Ídolo: o maior é Sid Vicious mas há muitos outros, como Joey Ramone, Joe Strummer e Iggy Pop.
"EU FUI... HIPPIE" (ANA ZANATTI, 56 ANOS, ESCRITORA E ACTRIZ)
Aparecimento: década de 60.
Características: protestos pacíficos a favor de um mundo sem guerra, onde prevalece a tendência política da esquerda liberal.
Drogas: canabbis.
Hábitos: fumar erva e alucinar a ouvir The Doors, passear sem roupa por campos verdejantes, gritar palavras de ordem contra conflitos bélicos, sociedade capitalista, políticos e tudo o que possa castrar a liberdade.
Ídolo: Janis Joplin, Jim Morrison e Jimi Hendrix, todos desaparecidos aos 27 anos.
"EU FUI... YUPPIE" (JORGE RICHIARDI, 46 ANOS, EMPRESÁRIO)
Aparecimento: início da década de 80.
Características: desejo incontrolável de ganhar cada vez mais dinheiro, apostar milhões na bolsa, subir rapidamente na carreira sem olhar a meios.
Drogas: cocaína.
Hábitos: comer nos melhores restaurantes, jogar golfe ou ténis, comprar carros topo de gama, barcos e, nos casos mais afortunados, iates. Sair à noite e dar ou ir a grandes festas. Ostentar tudo isso e muito mais.
Ídolo: John-John Kennedy, finado filho do mais famoso presidente dos EUA.
"EU FUI... INTERNET" (HELENA COLELHO, 24 ANOS, MODELO)
Aparecimento: segunda metade dos anos 90.
Características: globalização total, acesso universal às novas tecnologias, fim da separação entre sexos.
Drogas: Internet.
Hábitos: tendência descontrolada para viver agarrado à internet, coleccionar revistas dedicadas ao tema e fazer amigos das mais variadas nacionalidades através de salas de conversação e jogos online.
Ídolo: Sergey Brin e Larry Page, dupla de criadores do motor de busca Google, o mais utilizado em todo o planeta.
"EU FUI... GERAÇÃO X" (EDSON ATHAÍDE, 39 ANOS, PUBLICITÁRIO)
Aparecimento: meados da década de 80 (nos Estados Unidos) e início da de 90 (em Portugal).
Características: ambiguidade ideológica, niilismo de pacotilha e consumismo pouco selectivo.
Drogas: marijuana e outros opiáceos.
Hábitos: escolher um produto em função da marca e não da qualidade, passar horas perdido no supermercado e/ou centro comercial, gastar dinheiro em objectos fúteis.
Ídolo: por cá, Kurt Cobain, transformado em mártir após dar um tiro na cabeça.
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